Eu luto para que o meu luto
Da dor que choro em silêncioSufocada na solidão do peito
Não se transforme em pânico
E transborde de qualquer jeito.
Eu luto para assimilar o golpe
Pois agora entendo na carne
Os ensinamentos sagrados
Dos velhos mestres do Oriente
De que há muitas mortes
De si mesmo em cada um
Numa mesma existência
Sob as estrelas do firmamento.
Conforme os apelos dos ensinos antigos
Luto pela superação dos apegos
Com o rompimento dos elos
Que unidos formam os egos
Que nos aprisionam inconscientes
Nos ciclos de desejos de nossas mentes.
Eu luto para que o meu luto
Da morte da consciência-de-mim
Fundada em automatismos sem fim
Signifique o rompimento da ignorância ávida
Da verdadeira natureza dos fenômenos da vida.
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